Festival bienal, pensado enquanto ferramenta de política pública, estratégia de cultura, enquadrado numa temática e narrativa unificadora, num território e comunidade específicos, respondendo com arte na criação de núcleos e mediação de espaço público.

Encarar a arte urbana para além da valorização artística, como ferramenta de democratização do acesso à cultura, de inclusão social e criativa, e de promoção do diálogo intergeracional, o MURO afirma um determinado território. A seleção dos territórios segue o critério da promoção de novas centralidades na cidade através da criação de novos pólos culturais através da arte urbana.

Reflete e materializa

O MURO | Festival de Arte Urbana de Lisboa é um acontecimento que se reveste de grande relevância, na medida em que reflete e materializa - através de um evento, circunscrito no espaço e no tempo - a política e a linha de orientação programática que o pelouro da Cultura da

Câmara Municipal de Lisboa preconiza para o graffiti e a arte urbana.

Territorial

É um evento que congrega um conjunto alargado de atividades relacionadas com as diversas áreas de atuação da GAU e que concorre para a viabilização de três das suas prioridades estratégicas: a descentralização da oferta cultural, o desenvolvimento de trabalho à escala do bairro, com as pessoas que nele habitam e trabalham e a valorização do património municipal, cumprindo uma intervenção sociocomunitária que projeta um determinado território.

Transversal, inclusivo e partilhado

Evento transversal, inclusivo e partilhado, sempre se entendeu que o MURO não devia ser visto, apenas, como um festival da edilidade, mas antes como um gesto de reconhecimento e partilha dirigido aos principais dinamizadores e protagonistas da arte urbana em Lisboa e a todos os que a têm acolhido, posicionando claramente o Município de Lisboa como uma entidade aberta à mediação e à colaboração com quem pretende atuar neste universo, de forma autorizada.

O território, núcleos, renovação e afirmação

Um dos grandes objetivos estratégicos é a criação de núcleos extensos e variados de obras, que conferem uma posição de referência no domínio da arte urbana produzida em Lisboa, no território alvo de intervenção do Festival.

Dada a sua essência e abrangência, a concretização do MURO requer sempre grande disponibilidade territorial, sendo por isso normal que as áreas de intervenção selecionadas incluam núcleos de diferentes tipologias urbanísticas. Esta realidade assegura condições para a execução de conjuntos alargados de obras (sempre na ordem das dezenas), de índole e dimensão variada - da escala monumental à dimensão próxima de um cartaz - e dá origem à criação de núcleos de intervenção artística coesos, que impulsionam a renovação do espaço público e a atração de visitantes, ao mesmo tempo que afirmam Lisboa no panorama mundial da street art.